O Encontro
(Parte 1)
“Quem me conhece bem, sabe que eu sempre busquei a Deus, sempre procurei…
Sempre.
E quem procura, acha…
Hoje eu posso dizer que encontrei…
Eu encontrei Deus.”
Quando você encontra Deus, o Deus verdadeiro, o Deus que é a Verdade, algumas coisas acontecem com você.
A primeira coisa é que você descobre que o humanismo é uma tremenda mentira.
Você descobre que essa historinha humanista que te contaram desde pequeno de que: “A verdade tem várias faces”…
ou que: “Cada um tem a sua verdade…” é conversa fiada.
Você descobre que existe uma verdade sim. Não uma “verdade relativa”, mas uma verdade única e absoluta acerca da vida
e… também da morte.
Acerca de Deus, do céu, dos anjos e… também do inferno, do diabo, e dos demônios.
Essas são as primeiras descobertas que nos chocam… porque elas vão de confronto com toda a nossa “programação” mental,
com tudo que (desde a infância) havíamos aprendido nos filmes de contos de fadas e nas historinhas infantis…
A segunda coisa que você descobre é que: O que você encontrou (essa verdade absoluta, o Deus verdadeiro, e, o seu encontro com esse Deus Maravilhoso) é algo totalmente intransferível.
Você descobre que não conseguirá convencer as pessoas ao seu redor a descobrirem essa verdade, a menos que elas queiram. E isso te frustra um pouco, porque você já estava empolgado(a), se preparando para sair anunciando a plenos pulmões, e pelos quatro cantos da terra, o que você finalmente descobriu… essa parte não é fácil.
A terceira coisa que você descobre é que: A sua vida nunca mais será a mesma.
Isso porque você sabe que encontrou o que procurava.
Você sabe, não porque “sente” uma emoção forte, ou sente um “arrepio na espinha”, afinal essa certeza,
essa convicção (que chamamos de FÉ) não é simplesmente uma obra de emoções… é muito mais que isso.
Essa certeza, essa Fé, a convicção de que você O encontrou, é o sintoma do “nascer de novo”…
E aí nos deparamos com uma coisa realmente difícil: Definir o que é “nascer de novo”.
Já sabemos que (quando “nascemos de novo”) nosso espírito humano é vivificado e etc…
mas como explicar para as pessoas o que experimentamos? O que sentimos?
Em minha experiência foi assim:
Imagine se seus olhos estivessem se abrindo para uma nova realidade…
Como se você começasse a enxergar coisas que nunca imaginou…
coisas que nunca acreditou… e que sempre duvidou.
Quando você nasce de novo, você nasce no espírito, e a consciência reage a isso…
E aí, é impressionante como as coisas mudam de dentro para fora. Elas vão mudando lentamente…
e aquilo que antes te dominava, já não domina mais…
Aquilo que antes te cegava, já não cega mais…
Aquilo que antes era dúvida e incógnita, agora é firme, claro e nítido.
Algumas coisas são instantâneas quando nascemos de novo… Algumas…
Mas uma delas, e para mim a mais importante, é a percepção do amor que passamos a ter.
Percebemos o amor como nunca antes, descobrimos um Amor que nunca nem imaginamos que existia.
Um Amor eterno, infinito, indimensionável, e mais forte que a morte…
A morte não nos assusta quando estamos na presença desse Amor…
Ela se torna indefesa… inofensiva… incapaz de nos atingir…
A morte é reduzida à menor das coisas na presença desse Amor.
Ela enfraquece, enfraquece… até ser reduzida a uma pequena gota em meio a um oceano. Sem força, sem presença, sem expressão, sem autoridade. Sem nada.
O amor é mais forte que a morte.
Essa é uma das coisas que descobrimos quando nascemos de novo.
Nascer de novo é uma experiência pessoal e intransferível. Não tem jeito de induzirmos alguém a isso, tem que ser verdadeiro…
e para ser verdadeiro, tem que ser no espírito, só assim será verdade.
“…em espírito e em verdade”.
Viver “em espírito” (no controle do Espírito Santo de Deus) vai além da consciência, não somos nós que estamos no controle… é viver num estado que independe das circunstâncias ao redor.
É por isso que é tão difícil explicar para os outros o “sentimento” de nascer de novo… porque não é exatamente um “sentimento”, mas é um estado de espírito que independe dos sentimentos.
No momento em que nascemos de novo, entramos numa fase que muitos chamam de “primeiro amor”. Os crentes sabem o que é isso,
todos aqueles que já viveram isso sabem…
Tudo é novo…
Durante o primeiro amor tudo é diferente…
Parece que entramos na dimensão da eternidade, onde tudo é lindo…
Perfeito… Agradável… Bom…
Porém, não nos ensinam a lidar com a dimensão do tempo…
A dimensão difícil em que nos encontramos, em que vivemos.
O tempo vai passando, e a nossa alma vai se adaptando… ela é traiçoeira (enganosa) e desesperadamente corrupta
(Jeremias 17:9), a dimensão do tempo favorece a sua corrupção, porque no dia-a-dia ela é instigada pelas seduções deste mundo.
Movida pelas pressões externas, pelo bombardeio das incredulidades (de muitos ao seu redor), pela constante ministração do “espírito de curtir-a-vida” que o mundo oferece, e pelos entretenimentos dessa vida… a alma começa a “pedir de volta” os antigos hábitos,
os antigos “vícios”, os antigos costumes, o antigo estilo de vida, aquele em que ela liderava…
Ela quer de volta a velha criatura… aquela que a alimentava, que a valorizava… que a estimulava…
ela começa a querer tudo de volta porque ela quer voltar a governar…
A alma não conhece nem o caminho, nem a porta estreita, só a larga.
Então, como se não bastasse a guerra exterior (espiritual), começa a guerra interior…
começam as lutas… começa o processo de santificação.
E aí, quando decidimos entrar pelo caminho da santificação, pela porta estreita e pelo caminho apertado,
descobrimos porque temos de ir em direção a cruz de Cristo.
Descobrimos porque temos de carregar a nossa própria cruz… uma cruz que não é de madeira como a do nosso Senhor,
que não é física e material… mas que é a representação do lugar onde crucificaremos tudo aquilo que a nossa alma (viciada em governar) quer.
Descobrimos que teremos de abrir mão de um monte de coisas… não porque nos mandaram abrir mão,
mas porque descobrimos que aquelas coisas nos afastam do verdadeiro amor.
Descobrimos que a porta e o caminho estreito, que conduzem a vida, passam por essa cruz…
e que a cruz é o exercício de abrir mão das coisas que nos afastam da santidade (e da vontade) de Deus.
Mas a nossa alma tenta nos confundir… ela começa a nos dizer que a nossa vontade é boa… que não tem “nada de mais” em nossas vontades… que “não tem problema” se queremos algo que está fora da vontade de Deus…
pois é, ela é enganosa e corrupta… não podemos dar ouvidos a ela.
Quando nós começamos a resistir as mentiras da nossa alma, e as mentiras do diabo (muitas vezes assopradas em nossa mente como setas), então vem contra nós um novo tipo de ataque espiritual: O medo.
Começamos a ser bombardeados com o medo por todos os lados… Passamos a ter medo disso e daquilo… e surgem até mesmo novos tipos de medos.
O medo e a morte são muito íntimos um do outro… eles sempre andam juntos, são muito próximos um ao outro…
Mas “o verdadeiro amor lança fora todo o medo” (1 João 4:18) e é mais forte que a morte…
Como eu sei que ele é mais forte que a morte?
Em Cantares 8:6 diz:
“…porque o amor é forte como a morte…”
Observe: É forte como a morte…. ou seja, ele é tão forte quanto a morte.
Porém, há muito tempo atrás houve uma “briga feia” entre eles dois (o amor e a morte), e quem será que ganhou?
A resposta está em Apocalipse 1: 11 – 18, vamos ler:
“…Eu sou o Alfa e o Ômega, o primeiro e o derradeiro…”
“E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro;
E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro. E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo; E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas. E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece. E eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último; E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.”
Aqui está a resposta:
Quem ganhou a briga foi o Amor.
Por isso o Amor, o Verdadeiro Amor é mais forte que a morte.
Ele venceu.
O Encontro
(Parte 2)